Base de intervenção do terapeuta ocupacional
Esta teoria é usada para explicar a relação entre o cérebro, o comportamento e a resposta de determinada forma aos estímulos sensoriais que recebem, além de entender como isso afeta o comportamento.
Apesar desta abordagem ter sido originalmente feita para crianças em idade pré-escolar e escolar, os conceitos podem ser usados nas pessoas mais jovens ou mais velhas. O maior foco é ajudar na dificuldade de regular, modular, coordenar e/ou organizar as sensações de forma adequada.
O processamento sensorial refere-se à forma como o cérebro recebe, organiza e interpreta o input sensorial. A receção, modulação, integração e organização do estímulo sensorial, incluindo as respostas comportamentais a esse input¸ são componentes do processamento sensorial. Uma ótima capacidade de processamento permite à pessoa responder de um modo adaptativo às exigências do ambiente e envolver-se adequadamente nas suas ocupações diárias. Qualquer atividade em que o individuo se envolve, requer processamento da sensação ou “integração sensorial”. Integração Sensorial foi uma teoria desenvolvida por Jean Ayres por volta dos anos 60, sendo definida como o processo neurológico através do qual o sistema nervoso central recebe, regista e organiza o input sensorial de forma a criar uma resposta adaptada do corpo ao ambiente. Os aspetos espaciais e temporais das informações recebidas de diferentes modalidades sensoriais são interpretadas, associadas e unificadas sendo então emitida uma resposta de acordo com as exigências do meio – a resposta adaptativa . Resposta adaptativa é uma ação apropriada em que o indivíduo responde, com sucesso, a alguma resposta ambiental. Respostas adaptativas exigem que o indivíduo experimente um tipo e uma quantidade de estimulação sensorial que desafia, mas não sobrecarrega o sistema nervoso central, neste caso, a manifestação de uma resposta adaptativa é potencializada.
Mailloux & Smith-Roley, 2001).
Humphry, 2002; Lane, Young, Baker, & Angley, 2010
Ayres, 1979